sábado, 12 de novembro de 2011

Rodolfo Andrade


POEMAS DE RODOLFO ANDRADE


O Vencedor

Como peça fundamental do ser
indiscreto marcando presença
na vida com brilho que deslumbra
inconsciente é tudo que interessa.

Ao sol é marca de registro
que não teme a vida de hoje
marcado marcante é você
loucura em gotas de homeopáticas. 

Do nada é notado sem razão
ou pela simples razão de estar
centrado, diferente, colossal
hoje você é vencedor.

Como peça diferente causa,
diminuto sem ser insignificante
entre muitos é tudo
entre tudo renegado.

Seu começo foi para saber da dor
depois intransigência adolescente
com o tempo foi se tornando
a marca sem temor.

Hoje é real força de tudo
forma de carinho indecente
és certo, errado, o vencedor
és brinco que se tornou o diferente.  






A falta

Oi, que noite linda não?
Parece que tudo vai bem...
Tudo naturalmente, mas...
Esta faltando alguém...

Um pequeno pé de pinheiro no canto da sala e as crianças enfeitando-o para que Papai Noel se orgulhe da árvore que esta tão bela...

Sim, mais esta faltando alguém...
Todos se preocupando com tudo...
O que farei para ceia?
Quantas pessoas virão?

É...
Mais esta faltando alguém,
que é você e o destino levou.














Burro de presépio

Força que não pensa
Ou pensando se tem força
Dilema que exclui
E contribuí com a realidade

É fato que a humildade tem força
E que se confunde com humilhação
Porém pensar perante o abismo
Só quem consegue tem razão

Excluído e marginalizado
Certamente segue adiante
Não teme, pois sempre é obediente.
Sempre espera sua vez

Quando tem fome não reclama
Com cede também não
Quando o peso é a mais
Para, cai e morre.

Presença marcante no natal
Figura no real e imaginário
Entre devaneios vaga presente
Dando em grande presente a vida











Viagem

Ao despertar a beleza do dia
o sonho se faz presente
com gosto do sal da terra
e aroma indefinido acre doce
A música que embala o dia
tem notas em perfeita sintonia
que caminha sem nostalgia
e tudo que acontece é só alegria
Gostos e sabores exóticos
sensações todas a valer
o olhar com brilho indefinido
e sorriso de quem quer vencer
Deus se faz presente na penumbra
mostrando que a vida não tem preço
““... que tudo vale a pena
...quando a vida não é pequena.”.
Uma calmaria suave
que sucede ao descanso agitado
despertando o dia sem som
mostrando o grito guardado
Tristeza? Não, é sem valor.
Arrependimento? Totalmente sem razão.
Porém a saudade no peito
não é sofisma, talvez utopia.









Vida de um lavrador

Nas ruas da cidade Pedro vai e vem
Aqui é tudo diferente
Que saudade da sua terra
Aqui é olho por olho, dente por dente

Lá a seca castigava
Não se tinha o que comer
Mais o homem era homem
Não precisava se vender

A ponte é sua morada
Na rua ganha o pão
Com a mão já calejada
Trabalha na construção

Homem marginalizado
Porém grande trabalhador
O que seria do mundo
Sem um lavrador

No campo corre para ganhar o pão
E na cidade se corre
Gritam de estalo:
Pega, pega ladrão.

Lavrador sua vida é no campo
Lutando para ganhar o pão
Um dia talvez quem sabe
Tenham compreensão.

Nenhum comentário: