quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

A Confraria da Poesia Informal deseja a todos boas festas e, principalmente, muita inspiração e esperança para fazer da nova etapa que em breve se inicia uma coleção de realizações e conquistas, somada a boas e verdadeiras amizades.

Que presentes divinos a exemplo desse iluminado grupo que estamos construindo em alicerces seguros e nobres possa povoar a nossa vida em 2012.



CORTAR O TEMPO

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

(Carlos Drumond de Andrade)



Boas Festas!

Nós fazemos nossas festas,
as festas diárias da vida,
os brindes que brindam conquistas
As ceias que unem amigos...
E presenteamos com amor
aqueles que nos merecem.

Nós é que escrevemos as preces
em que agradecemos a Deus
pelas mãos solidárias
daqueles que afagam os prantos
ou que aplaudem conquistas
na grande festa que é
a própria cena da vida.

Nós somos o próprio Natal,
dentro em nós o amor maior
do símbolo uno da fé.
Nós que escrevemos a história
de um novo ano que chega,
roteiro pleno de surpresa,
na construção que nos cabe.

Nós fazemos nossas festas,
nós fazemos nossa vida
e muitas vezes do destino
cabe a nós cuidar!!!

Catarina Maul




À entrada luzes piscam clamando por Paz
Embelezando o caminhar até a Estrela de Davi
O Portal se abre!
Vê-se Maria carregando no ventre Aquele que já veio Mestre.

Calmamente Ela se deita
Os olhos brilham
A emoção se estampa.

Momento único na vida de uma mulher.
A Luz se fez!
Natal, nasceu!!!

Somos Todos Um veio Ele sempre a nos dizer.
Amor, Amar, Amém!

Feliz Natal!

(Ana Lucia Souza Cruz)


Acróstico de Natal

Nasceu Jesus
E com ele todo amor sobreviveu.
Sua paz, nossas vidas conduz
Templo e refúgio de luz ...
Ele nasceu!
  
Nele
A generosidade concreta,
Toda bondade em preceitos
A vida valorizada na essência, correta...
Liberta de preconceitos. 

Partilhemos o pão,
Ofereçamos nosso amor,
Estendamos nossas mãos.
Sejamos doçura,
Inspiração...
Amizade sejamos. 

Entendimento sempre. 

Palavras, muitas...
Amor demais e por  fim:
Zelo.

NESTE NATAL POESIA E PAZ!

(Paulo Roberto Cunha)



A falta

Oi, que noite linda não?
Parece que tudo vai bem,
Mas esta faltando alguém....

Um pequeno pé de pinheiro no canto da sala,
e às crianças enfeitando-o para que Papai Noel
se orgulhe da árvore que esta tão bela...
Sim, mais esta faltando alguém...

Todos se preocupando com tudo.
O que farei para ceia?
Quantas pessoas virão?
É mais esta faltando alguém...
Que é você e o destino levou...

(Rodolfo Andrade)

...............

Viva ao Mestre
                                     
A árvore está tão linda
Com tantas luzes fluorescentes,
Uma estrela dourada em cima
E por baixo rodeada de presentes...

É tão bom reunir a família
E poder compartilhar essa magia...

Mas temos de ensinar a nossas crianças,
O verdadeiro sentido do Natal,
Votos de paz e perseverança,
Que prevaleça o bem... Livrai-nos do mal...

Sair pra fazer as compras pode ser ótimo,
Mas o melhor presente é cultivar o amor ao próximo,
E assim ter um ano pela frente repleto de luz,
Comemorando o nascimento daquele que nos conduz...

Que nos trouxe grandes ensinamentos,
Mesmo quando lhe deram uma cruz...
Ele nunca nos negou seus sentimentos,
Viva ao mestre Jesus...

(Felipe Quirino)




CONTRIBUIÇÕES DE AMIGOS POETAS 



Mater Admirabilis

Bate-me à porta o ateu em tempos de Natal,
a desdenhar e ri que a igreja está vazia.
Antes que eu respondesse ao gesto tão banal,
afastou-se agitando os guizos da ironia.


Pelas dobras da noite o luar se desfia...
Nas ruas, onde a vida é um instante real,
encontro corações entregues à alegria,
ou às dúbias visões que têm do bem e mal?


Entro no templo e sorvo a paz de etéreo aprisco...
A luz suave de um círio arde sobre o alto e doura
a solidão do altar e um presépio sem Cristo...


A prece à Mãe Maria aplaca os meus cismares:
− Não morrem as lições da antiga manjedoura,
achais o amor de Cristo em todos os lugares!...

Reginaldo Costa de Albuquerque – Campo Grande-MS



Soneto natalino

Quando Se deixou ir ao vil calvário
entre os braços horríveis de um madeiro,
cheio de amor, de paz, mas solitário,
Jesus morrendo salva o mundo inteiro.


Com sublimado verbo O humilde obreiro,
liberto de Si mesmo, em cruel fadário,
pregando o ideal de amor bem verdadeiro,
resgata os homens de um viver nefário.


Natal!... A imagem de Jesus pendida...
No Seu olhar piedoso a indagação:
– “Todos vós, que fazeis por esta vida?”


Quanta gente carente de luz temos
e se não cremos no outro como irmão,
como aceitar um Deus que nunca vemos?

Reginaldo Costa de Albuquerque – Campo Grande-MS






QUEM É O PAPAI NOEL?

Eu nunca vi o Papai Noel
Dizem que é Escandinavo
Deve ser um preto velho
Que um dia foi escravo
Dizem que ele é velhinho
E rosada é sua testa
Lá no morro ele não vai
que é lugar de gente honesta
E não morro ele não vem
porque tem medo de bandido
mas natal é para todos
Pro achado e pro perdido
Nóis é pobre e, é sofrido
E aqui tudo é difícil
E a vida é muito dura
E é grande o sacrifício
Minha mãe ontem me disse
que ele não alegra pobre
Minha pele ameixa preta
De uma cor que é tão nobre
Mas acho que ele só gosta
De pele cor de romã
Das meninas brancas ricas
Patroas de minha irmã
Eu sou triste, mas, confio
nesse tal Papai Noel
Ele só me manda bala
Ou barquinho de papel
Manda boneca sem braço
Pra agradar a meninada
Mas não traz a nossa escola
Que se foi com a enxurrada
Já sonhei até com ele
E pedi até presente,
uma velha dentadura
Pro meu pai que não tem dente
No morro ele não pisa
Enche rico de agrados
Não visita preto – pobre
Não visita favelado
No meu morro ele não chega
Me deixando chateado
Preparei a chaminé
Com buraco no telhado
E meu sonho sempre se acaba
Comuma lágrima no leito
Quando acordo de repente
E percebo o preconceito.
Papai Noel velhinho branco
Minha mãe é lavadeira
Que no morro, no barranco
Fez barraco de madeira.
Vem aqui vê a favela
Pra tu vê o que é que bom
e verás, não há asfalto
como há lá no Leblon...
Enfim Papai Noel:
No meu morro tem crioulo
Tem gente que quer socorro
Preto banto, preto forro
Com barriga a roncar
Não se esqueça
que a história é muito séria
porque lá tudo é miséria
mas também se sabe amar
Quisera oh pai
que o natal de nós carentes
fosse farto de presentes
para se viver melhor
Mantendo a chama
a paz da fraternidade
que no morro nos invade
com trabalho e com suor
Papai Noel chegue aqui
Nos leve as dores
Traz de volta os amores
Para os nossos corações
Leve a tristeza
traga luz e alegria
pra que nosso dia-dia
tenha vida e emoções.
E que no morro
haja paz e educação
para que as armas virem flores
e as flores virem pão.

(Walmir Pimentel - Petrópolis, primavera de 2006.)




Natal

No Natal estrelas luzentes
Apontam e seguem Jesus,
Mostrando sempre prá gente
Um caminho cheio de luz.
Igrejas tocando os sinos,
Meia noite, cristãos a orar.
Lembrando de Jesus menino
Que nasceu para o amor nos mostrar.
Amigos reunidos em casa
Para o Natal celebrar.
E todos, como anjos sem asas,
Reunidos em silêncio a orar.
E ao ouvir os sinos tocando
Como a pedir, para todos, a paz.
Sinto o mundo se confraternizando
É isso que a noite de Natal nos traz.
Ternura, beleza, emoção,
Encontro de paz e de amor.
Assim é a comemoração
Do aniversário de Nosso Senhor.

(Lenir Moura)






Noite de Paz

Abraça o rival
e diz:
– Feliz Natal!


O ano é 1914.
Faz frio nas trincheiras
e nos corações dos generais.


Mas um soldado decide
que a noite será especial;
e convida o inimigo
para um jogo de futebol.


Os alemães ganham a partida,
os ingleses, chucrutes…
E a vida,
uma bela história para contar.


***


Autor: Edweine Loureiro
(Saitama – Japão)



(I)Luminar


As luzes da cidade brilham em meus olhos,
Não são apenas enfeites em varandas e árvores,
São odes esperançosas e cintilantes
Como pequenas estrelas
A orbitar ao redor de manjedouras e casebres,
Glorificando os sonhos de meninas e meninos,
Estes nossos pequenos Infantes
Ainda não embrutecidos pelo tempo:
Papai Noel existe!


(Thiago Luz)





Cidade Natal

Luzes e mais luzes
colorem a cidade,
clareiam corações,
esperançam sonhos.

Natal!
A vinda se faz em silêncio.
No presépio, a manjedoura
mostra Deus Menino,
braços abertos, humildes,
depositário das almas humanas.

Na chegada abraçará
nossos anseios,
e cheios desta certeza
começaremos novo caminhar.

As luzes da cidade se apagarão
por que dentro de cada um de nós
a Centelha Divina reavivou.
A cidade terá agora o nosso brilho,
o brilho do Senhor,
do que veio vestido de Paz.

(Angela Togeiro)

Brinde de Ano-Novo
Um segundo para começar o Ano-novo.
No silêncio, na solidão do coração,
um poeta ouve o torvelim dos corações:
Vou parar de fumar, de beber, de me drogar,
vou fazer regime, vou estudar,
vou trabalhar, vou rezar, vou cantar,
vou comprar um carro novo,
vou te amar para sempre. Juro.
Vou... vou... vou... Juro, juro. Juro!
Não vou mais roubar, matar,
não vou mais desejar mal a ninguém,
não vou mais enganar meu semelhante,
não vou mais inventar bombas,
nem outras coisas que destruam a vida,
não vou mais explorar a cidadania do meu povo,
não vou mais ser mau exemplo... de nada. Juro.
Não vou... não vou... não vou... Juro, juro. Juro!
Brindes. Taças que se tocam. Sorrisos.
Abraços. Beijos. Música. Danças.
No coração solitário do poeta,
a esperança renasce majestosa.
O poeta feliz ergue sua taça.
Sua bebida tem gosto de sonho,
de encontros, de fé, de dias melhores.
E o ano-novo chega. Pontual. Inclemente.
...Tantas promessas vãs, tanto ano-novo... todo ano...
A taça do poeta se enche de lágrimas.
No seu coração, a alegria se esvazia.
Fica só a poesia - única certeza e companhia,
até o próximo brinde de Feliz Ano-novo!

(Angela Togeiro)



Cidade Natal©


Luzes e mais luzes
colorem a cidade,
clareiam corações,
esperançam sonhos.

Natal!
A vinda se faz em silêncio.
No presépio, a manjedoura
mostra Deus Menino,
braços abertos, humildes,
depositário das almas humanas.

Na chegada abraçará
nossos anseios,
e cheios desta certeza
começaremos novo caminhar.
As luzes da cidade se apagarão
por que dentro de cada um de nós
a Centelha Divina reavivou.
A cidade terá agora o nosso brilho,
o brilho do Senhor,
do que veio vestido de Paz.


NATAL

Na tal verdade procurada
veio um ser despojado
de vaidade,
Preparado para doar,
confiscado a só salvar,
apenas isso.

E, por isso,
Na tal paz almejada
que dispensa qualquer cajado,
por ser Bondade,
Ele é a diferença
que alimenta o orar

Na tal fé única, que se basta,
fonte da água viva em Deus
de apenas tudo,
rendo-me a ela por todo monte
da vida abrigada pela túnica
do Natal.


(Carlos Roberto Ferriani)






PRESENTE DE NATAL

Às vésperas de Natal, Papai Noel está atento.
Escuta o coração do Homem Solitário que lhe
pede:
- Papai Noel, só quero um amigo.

Só quero um amigo
que sorria comigo,
que me puxe as orelhas
que me afague com gosto

Só quero um amigo:
que me olhe nos olhos,
que sorria contente,
que me tenha saudades.

Só quero um amigo:
que me aponte caminhos,
que caminhe juntinho,
que me faça crescer.

Só quero um amigo:
que distante esteja perto
que perto não me aprisione
que longe me queira bem.

Só quero um amigo:
que brinque bastante,
que me instingue à vontade,
que aplauda sem fim.

Só quero um amigo:
que me perdoe as tolices
que me embale nos sonhos,
que me ponha no chão

Papai Noel ouve o Homem.
Reflete. ..
E diz:

- A partir de agora todos os homens se
tornarão amigos.

viverõ de mãos dadas,
unidos
serão fortes e livres.

(Heloisa Igreja)



 TROVAS:

 
A manjedoura modesta,
berço repleto de luz,
simboliza a grande festa...
Natal do Cristo-Jesus.

Djalma Mota/RN
...

Que todos os Universos
transformem-se em refletores,
para iluminar, com versos,
o Natal dos Trovadores!

Ademar Macedo/RN

...
Quanto mais festa e mais luz
nesses Natais de salões,
mais nós sentimos Jesus
ausente dos corações!

Luiz Otávio/RJ








Noite Feliz

Ao fundo, uma canção, antiga
Pureza de outros Natais.
Hoje a árvore se enfeita de saudades
Bolas coloridas de sonhos passados
À espera de um Bom Velhinho que jamais apareceu.

Nas ruas, manjedouras-jornais
No shopping, pessoas compram mais
E a solidão pisca fundo,
Latejando, silenciosa, a um canto da árvore.
Noite... Feliz?

(Tatiana Alves)




Natal

Treinamento emocional
ou festa comercial?
Quem é solidário com agente?
Quem dá o melhor presente?
Alguns se vestem de Papai Noel
e distribui muitos ausentes
para os inconscientes
que se prendem nas correntes
da vida material.
Todos os dias são Natais
e é natal de graça
que você mesmo faça
nasce dessa graça
chama sem fumaça.
Assim vivemos na raça
O natal que Nunca passa.

( Reginaldo Figueiredo )


UM
NATAL
RECICLADO
® Lílian Maial

E o sol desponta,
Reciclando seus amarelos,
Como em todas as manhãs,
Só que é Natal.

Os homens passam,
Apressados em suas gravatas apertadas
E suas urgências recicladas,
só que é Natal.

As notícias de ontem
Inundam os jornais de hoje,
Reciclados de medo e realidade,
só que é Natal.

E a cada dia, em cada esquina,
Ainda há Meninos Jesuses reciclados,
Nascendo em manjedouras de fome,
Crucificados no asfalto pelos pecados do mundo.
Só que hoje é Natal.
Só que é 2005.

Reciclar é partir dos restos,
Do que já foi usado,
Do que é jogado fora,
Do que é desprezado,
Para se produzir beleza,
Se fabricar o novo,
O útil, o moderno.

Então, nesse Natal,
Há que se reciclar Papai Noel,
Aproveitar o que há de bom e produtivo,
Compactar dificuldades e inércia,
Para que o novo produto
- o novo homem –
recicle a idéia de que alguém tenha que morrer
para nos salvar.

O presente de Natal reciclado
É a promessa de se salvar o Menino,
Para que ele não tenha que morrer,
Cheirando a nossa indiferença.

A nova lista de Natal reciclada
Inclui a igualdade de oportunidades,
O olhar que importa,
A mão que não agride,
Para que não tenhamos que pregar,
Em cada criança de rua,
Um novo Cristo reciclado.

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