quinta-feira, 12 de julho de 2012

CAZUZA - faz parte do meu show!


O Brasil conheceu aquele jovem rapaz cheio de vida em pleno Rock'n Rio, em 1985. Cheio de vida, de inspiração, de vontade, de sonhos, de promessas, Cazuza conquistou a preferência de muitas gerações que tinham dentro do peito uma única coisa em comum: o sentimento da juventude.
Exatamente por isso, em 1990, no dia 7 de julho, jovens de todas as idades choraram com a despedida do músico.
Mesmo ausente desse mundo terreno, suas canções se fazem vivas, repetidas, quase hinos de histórias reais, imaginárias, ricas, lindas, muitas, felizmente, bem diferentes da dele, que não teve um final feliz como os dias que ele sonhou.

Cazuza pela visão da Confraria da Poesia Informal





 
fazer poesia como se você ia achar um saco?

aposto que ia pedir pra eu lhe pegar um uísque
citar um bukowski,
pegar o violão e tocar um doors
e sair pelo leblon xingando os bunda-moles.

as pedras do arpoados iam servir de bungee jumping
pros nossos sonhos mais cretinos
e pros anseios mais baixos:
muito corpo e nenhuma alma.

nenhum beija-flor no seu Rio de Janeiro
nenhum Cristo Redentor as 7 da manhã na janela.
nenhum pensamento que não fosse
o de fazer de hoje
mais um dia sem fim.

Luiz Ribeiro
Petrópolis - RJ

 
..........................

Exagerado!!!!
Daquele rapaz lindo, sarado,
Que queria mudar o mundo
guardo as canções e os Cds.
Guardo memórias e a certeza
dos segredos batidos tal vitamina
a alimentar as paixões
num fictício liquidificador,
aliás, conheço esse amar e esse amor. 

Mas a ideologia
Essa eu vi caindo por terra
Na imagem do homem sugado
Sem viço, sem cor, sem futuro
Naquela cadeira, apoiado,
No ultimo show – Canecão.
Quase sem voz, estagnado
Com heróis assassinados
Pela liberdade que deveria ser posse
E não desejo frustrado
a caminho da morte. 

Todas as doses do mundo
Comemoram e brindam 
E “é claro que eu tô a fim”... de sonhar.
Mas tão down, acabo percebendo
Que na vida somos sempre iniciantes
Em constante aprendizado
e... num contexto exagerado
colocamos o destino por um triz.
Talvez seja melhor, Cazuza,
Ser um pouco mais contido
E ter a chance de lutar pra ver
Mais uma vez
O dia nascer feliz!

Catarina Maul
Petrópolis – RJ

.........................

Cazuzando

Todo o amor que houver nesta vida
não será exagerado
o tempo não para
mesmo para esta gente careta e covarde
o dia vai nascer feliz

Ricardo Mainieri
Porto Alegre – RS

.................................

Devaneios? (inspirada em: Codinome Beija Flor)

Palavra não ouvida 
sentimento partilhado 
do gosto perdido o gemido 
é marcado no fundo do peito.

Seu nome por amor é maculado 
mensagem da dor de outrora 
viagem sem volta ao infinito 
com doce sabor de hortelã.

Não respeita mentiras 
finge que ás perdoa 
coincide com o amor 
que nunca mais volta.

Em gotas de educação 
desperdiça o mel
para proteger a palavra
não dita, escrita.

Dentro da tua dor, viajem 
em busca da alegria 
que sempre vive calada 
alegre na triste vida.

Rodolfo Andrade
Petrópolis – RJ


........................



Quando é, Cazuza
Que o dia vai ser feliz?
A vida é a Musa!

Jussára C Godinho
Caxias do Sul – RS

................................

 
A lua deserta desse Arpoador
Vagando em canção de apaixonados
Que baixinho estão por todos os lados
Cantarolando "Codinome Beija Flor"

E felizes seguem rumo à felicidade
Esses que fazem do amor melodia
E da vida canção de quem queria
Que nela não existesse saudade

Saudade do amor que foi embora
Do poeta que muito novo partiu
Do minuto passado...de cada hora

Em que juntos cantamos "Vida Louca"
Mas ideias não correspondem aos fatos
Já que a saudade existe...e não é pouca

Alex Avena
Petrópolis – RJ



................................................

Mão e Cazuza!...

Sei que é um abuso...
Mas do meu direito, eu uso!
Confrades, e no intuito de entretê-los...
Já que não dá tempo falar dela e da música...
A minha Mão eu ponho no Cazuza!
E assim mato com um poema só dois coelhos!

(Correria dá nisso!)

Luana Lagreca
Petrópolis – RJ


.......................

Caju!

Trilhas previsíveis
nos nossos albuns roubados do Barão
e os desacatos no baixo, a boa vida
o maior abandonado...

As melodias tatuadas
o rock n geral, a vida nos supermercados
e toda aquela lucidez pelas calçadas do jardim em baixo Tom
as tiradas sem vergonha, as fugas e desculpas
roubadas de Caetano, Chico, e João.

Os Novos Baianos, e as novas paixões
encontros por acaso, pela praia
o tempo pregando peças
levando os seus bordões.

E todos os passos cantados
nunca foram palpites em vão
são vícios angariados pela nossa falta opcional de instrução...

"Tudo é amor, mesmo se for por carma..."
Tudo é amor, nessa nossa lua deserta, exagerada!

Todos os passos cantados
nunca foram palpites em vão
são vícios angariados, pela nossa falta precoce de crença em sermão...

Aceitando doces de estranhos
em ruas escuras, na calada da noite
trincando e esquecendo emoções...

"Leve, como leve pluma, muito leve, leve pousa..."
caminhando nas calçadas de pedras portuguesas quebradas
tanto ou mais quanto os nossos jovens
e não menos portugas corações...

Que pra sempre vão gritar cegos que somos cobaias
pares complementares, incorrigíveis em nossa carência sem igual
somos dois pra amar e cantar, reivindicar em dueto
um trocado pra ser carente profissional.

Henrique Fernandes
Rio de Janeiro – RJ

...............................


AMOR SE CRIA

O amor se cria...
Das próprias histórias que criamos.
De palavras que usamos, todas às vezes, que o inventamos...
Como um acaso num achado que não se liga.

E que aos poucos...
Separamos e juntamos,
Em nossos momentos vividos,
Quando em nós o silêncio vive mais íntimo.

Esqueça a lua apaixonada!
Alma gêmea nem sempre é o par ideal.
Nem sempre consegue transpor a ilusão
Numa emoção, e sentir.

Solte a voz na poesia e,
Componha novamente.
Quando disser que me ama,
Será o amor criando o amor mais eloquente!

Carmem Teresa Elias e De Roma Magela

Nenhum comentário: