quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Carlos Drummond de Andrade pela visão da CPI

E a Confraria da Poesia Informal escreveu sobre e para Carlos Drummond de Andrade.

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Paródia Drummondiana que é quase uma Rapsódia


Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem nas montanhas
Disse num coro desajeitado:
-Vai ser poeta na vida, coitado!
Numa cidadezinha qualquer
Nascia um eterno sonhador:
-Vai ser escravo em Papelópolis!
-Vai ser poeta em Petrópolis!
E agora, José? O tempo passou
O poeta cresceu, a escola se foi
E a faculdade chegou...

E agora, José? Você que faz versos
Que uniu mundos e universos
Que amou como um louco, buscou o infinito...
E agora, José? 
Agora começa seu sonho tão bonito...
No meio do caminho tiveram pedras
Houveram pedras, abuse do erro gramatical!
O tempo foi a matéria mais essencial
Por isso cada momento foi mais que especial!
Tanta Teresa amando tanto Raimundo...
Mundo, mundo, vasto mundo
Mais vasto é o coração do menino
Que agora segue o seu destino

Alça as asas da libertação
Conquista o espaço
Aprende o amor nos seus limites
Vencendo os congressos internacionais do medo
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
São as palavras vindas
Da boca e do som
De um sábio Drummond:

-Menino poeta, o mundo está a te esperar
Mas nunca se esqueça:
Não deixe o amor passar!

Filipe Medon – Petrópolis / RJ

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Carlos

Reflexos do mundo
em meio aos grossos aros
um analista ao fundo
e um mago
à superfície...
Cambaleiam lirismos
no sarcasmo
e seu estrago
trago em fumaça de rua
olhar do instante
e verdade da ironia...
Cotidiano
e sem delongas
conciso e vibrante
criança que versa
versátil que berra
baixinho e exato
tudo do todo
do que o mundo é fato.
Analista
versejante
criança
mago
DRUMOND
e pronto!

Juliana Brasil – Petrópolis / RJ

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Há um vasto mundo no nosso coração
onde há pedras no caminho de nossas almas
E agora José?
De Itabira, cidade mineira
ganhamos um poeta, um anjo, um gênio!!
Drummond poetizou a vida,
cantou o amor,
demonstrou a simplicidade:
casas entre bananeiras
Apenas isso basta para sermos felizes!!
E só os homens sensíveis acreditam nisso!
Drummond passou pelo mundo para fazê-lo brilhar !!
Brilhou e eternizou as certezas que temos 
Hoje nos acostumamos com as pedras,
saltamos algumas, passamos por outras
José está sussurrando em nosso ouvido: 
Vá em frente, você é capaz!!!

Fernanda Forster – Petrópolis / RJ

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Meninice

Que alegria é essa que me faz voltar a ser criança
Entrar na dança
E brincar de ser feliz?

Ciranda de roda
Pula corda
Amarelinho
Olha o céu! Olha o céu!
Elástico
Pique-esconde
Pique-bandeira
Ah! meu sorriso deu bandeira
Que gosto de ti
Te admiro
Numa distração nas brincadeiras... ops, roubo teu beijo no rosto
Com gosto de brigadeiro e poesia
Me sorris
Corremos pelo quintal
E de mãos dadas, brincamos
Pelo mundo, vasto mundo
Como dizia Drummond
Cheios de amor e alegria no coração
Ah! meu coração de menina...não me deixe jamais

Jane Marques – Petrópolis / RJ

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‎No meu caminho

No meu caminho tinha uma casca de banana,
tinha uma casca de banana no meu caminho,
tinha uma casca de banana.
No meu caminho tinha uma casca de banana.
Nunca esquecerei daquele escorregão,
das escoriações nas minhas partes íntimas. 
Jamais me esquecerei que no meu caminho
tinha uma casca de banana.
Tinha uma casca de banana no meu caminho,
no meu caminho tinha uma casca de banana.

Gilson Faustino Maia – Petrópolis / RJ

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